segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Ano Novo...
Este tipo de resoluções até entendo. O que não entendo mesmo é a necessidade de tomar “decisões de vida”. Talvez seja um fenómeno decorrente da cada vez maior empresarialização do mundo: ano novo, novas decisões de gestão!
Ou então com uma tremenda indigestão ou ressaca em cima! “Bem, resolvi que tenho que ter pastilhas Rennie e Gurosan sempre à mão…”
“Vou deixar de fumar!” E, vai daí, toca a ir com os amigos até à Gossip torrar dois maços de tabaco numa noite. “Não, depois de hoje é que é!”…
No entanto, creio que muito boa gente acaba por fazer o mesmo. Achar que vai cumprir (ou, pelo menos, tentar) decisões tomadas no primeiro dia do ano!
Mas a noite passa, o dia passa. E, aos poucos, apercebemo-nos que nada mudou. Que os papéis em cima da secretária continuam os mesmos. Que o Sr. Fernandes continua a dizer “Bom-dia” como todos os dias o diz. Que a vizinha solteira do 2º esquerdo continua a sorrir-nos daquele jeito… Nem aquele flirt platónico com a miúda gira que se conheceu nessa noite, no meio de copos e música, muda o coração ou a alma…
Olho para trás. Mais um ano. Momentos, maús, bons… O que ganhei, o que perdi. O que conquistei, do que desisti…
Amanhã é outro dia…
P.S.: a tira do Calvin não é fortuita. Ele é o meu héroi…