domingo, 28 de setembro de 2008

Para quem gosta de Fotografia...

Robert Doisneau - Le baiser de L´Hôtel de Ville
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O Expresso lançou, esta semana, uma colecção dedicada aos "Grandes Mestres da Fotografia". Há para todos os gostos e, se bem que dos que irão sêr apresentados, nem todos cairão no meu gosto, não deixa de sêr uma boa iniciativa.
Cada pacote inclui um pequeno livro sobre o/a fotógrafo/a (nada de especial) e 5 litografias, acompanhadas de 5 "molduras", para as colocar. "Molduras" é o que lhes chamam mas não passam de uma espécie de envelopes standard o que quer dizêr que faço melhor com molduras em vidro e cartolina recortada...
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Para estreia, começaram com Robert Doisneau que, não sendo dos meus favoritos, tem algumas fotografias bem conseguidas e com valôr histórico.
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"O Beijo do Hôtel de Ville" será uma das mais conhecidas e iconográficas fotografias de sua autoria. Não faltam blogs, postais, cartões de namorados, baseados nesta fotografia. O Amôr, a Paixão, algo grande que nos torna indeferentes ao resto do mundo...
Claro está que o instantâneo perdeu um pouco o seu encanto quando, há uns anos, se descobriu que o parzinho são dois actôres que tinham sido contratados para tal.
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Não me importa. Para mim, interessa-me mais saber o que uma fotografia me desperta. Que sentimento fica, o que me faz pensar ou recordar.
Quem sabe se eles não estariam mesmo apaixonados ou se tivessem deixado levar pelo momento ? Gosto de pensar assim...

Como se fosse hoje...

Desconhecido



Em resposta ao comentário do "Ovo Kinder" (agora é que te vou deixar a pensar...), referi um texto de Shakespeare que considero simplesmente lindo. Pela simplicidade, pela quase universalidade, pelo que de humilde e profundo tem.
Quase 500 anos não mudam o que não se pode mudar: a essência do Amôr, do Sêr, da Alma...
Sempre que o releio, nunca me deixa indeferente. Tornou-se quase uma terapia, não sei se boa, se má. É a minha...
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"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtíl diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.

Aprendes que falar pode aliviar dôres emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida.

Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa nao é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.

Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser.

Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer sêr, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados.

Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar.

Aprendes que maturidade tem mais a vêr com os tipos de experiencia que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas.

Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso nao te dá o direito de ser cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vêzes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo nao é algo que possa voltar para trás.

Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flôres. E aprendes que realmente podes suportar mais ... que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valôr e que tu tens valôr diante da vida! As nossas dádivas sao traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."
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William Shakespeare (1564-1616)

Hoje estou chateado... Muito chateado...

José Manuel Ribeiro/Reuters/Público




O meu Sporting perdeu. E, ainda por cima, mereceu...

Quer dizêr, ando um gajo a esforçar-se em fazer com que o seu "meia-leca" grite "O Sporting é o maiôr" para depois apanhar com uma destas!!!
Como é que agora lhe explico isto ? Lá terei que lhe dizêr que ficamos com pena deles porque ainda estamos no início do campeonato e ja levavam 4 pontos em cima. Se ganhassemos, eram 7, o que era um bocadinho mau...
Acho que deve sêr convicente o suficiente.

Ai, Paulinho, estás com pouca tranquilidade...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fatal como o destino...

Desconhecido
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Há coisas que são fatais como o destino. Que, quando acontecem, já não têm volta. Disse-to inúmeras vêzes. E fizeste tudo o que de errado podias fazer.
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Detesto têr que têr razão. Pensei que demorasse um pouco mais a tê-la. Mas agora, agora o tempo já pouco ou nada interessa. Aconteceu. Tive razão. Continuo a têr razão. Só que, agora, já tudo é diferente. Deixei de sentir a tua falta. Deixei de sentir a necessidade de sentir o teu calôr. Deixei de acreditar em ti.
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Agora vens-me dizêr que erraste. Que nunca deixaste de sentir. À espera.
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Esperas que eu volte a dar um passo. Que eu volte a assumir as despesas do jogo. Que eu volte a confiar. A acreditar. Queres sentir-te segura de que há uma luz ao fundo do túnel, que nem tudo está perdido. Arriscar para quê ? Afinal de contas, se calhar, tudo está perdido.
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Detesto sentir que me fazes abanar de cada vêz que te vejo. Que, apesar de tudo, ainda me fazes sorrir. Mas já não como dantes. Isso não.
Houve um tempo em que o que existia era puro. Enorme, gigante, louco. Mas puro... Não percebeste isso. Acho que, até hoje, ainda não percebeste bem o que senti... E o que me fizeste perder...
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Agora, já não sou capaz. Mudei um pouco. Deixei de acreditar tanto. Em tudo, em todos. Já não quero confiar. Não quero sentir. Já tudo se tornou racional. As razões mudaram. E quando a razão domina...
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Sei que ainda vais tentar. Sei que, mesmo que não queira, vais saber como me tocar. E não o vou permitir. Nem que, para isso, tenha que te magoar. Eu é que não vou saír magoado. Quando se sobe tão alto como...
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Não interessa. Tive razão. Que bom...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Bolas, já se acabaram...

Desconhecido

Pois é, já se acabaram... Uns belos dias com o meu pirralho, os meus pais e a minha irmâ. Nestes dois últimos anos, a minha ex-mulher consegui fazer com que eu não conseguisse estar 3 dias assim. Mas agora foi muito bom...

Praia, brincadeiras na areia, apanhar cágados e râs. Fiz de tudo um pouco com ele. Foi quase como que um regressar à minha infância. Mas, ao mesmo tempo, não consegui de deixar de estar apreensivo por ele. A mâe continua a usá-lo para me tentar atingir e ele já começa a estar numa idade em que reage muito ao que acontece e ao que ouve...

E agora que as férias acabaram, (re)começam as preocupações. Sobretudo por causa dele. Compreendi que vou ter que estar muito atento e, provavelmente, vou ter que que me chatear a sério para evitar que ele continue a sentir toda a pressão que ela lhe está a colocar.

Mas nem tudo são más notícias. O meu carrinho novo deve estar quase a chegar. Parece quase fútil isto mas não é pelo carro em si. Bem, em parte até é mas é, sobretudo, pela necessidade de mudança. De quebrar tudo o que tenha memórias agarradas. De sentir o recomeçar, o construír algo novo. É que o meu carro tem muitas memórias...