sexta-feira, 27 de junho de 2008

Eu gosto mais da Capuchinho Vermelho...

Desconhecido



A Ana Leandro, no seu magnífico blog "Diário de uma Divorciada" , diz que anda à procura de um tal de Príncipe Encantado... Não sei bem quem é o gajo mas já ouvi falar dele. Acho que engatou uma miúda chamada Bela Adormecida, que achava que o tipo era perfeito. Mas mais tarde trocou-o pelo Lobo Maú. E anda felicíssima. Diz ela que ele vê-a melhor, ouve-a melhor e "come-a" toda... A vida tem destas ironias!


A verdade é que depois de todo o trabalho e de toda a dôr que se passou ao assumir uma ruptura numa relação, inconscientemente achamo-nos no direito de sêr mais exigentes. Bastante mais. O que acaba por sêr um tanto ou quanto egoísta. Queremos que ela (ou ele, depende...) seja perfeita. Ou quase.
Claro está que, na prática, não é bem isso que acontece. Mas o certo é que nos tornamos mais exigentes, por vêzes, a um ponto que não é sensato.
Eu falo por mim, sei que tenho defeitos e não sou poucos, mas acabo por sêr mais exigente para com quem queira entrar na minha vida do que para comigo mesmo. E, se calhar, devia existir um equilíbrio entre as duas coisas. Acho eu...

No meio disto tudo, se há coisa que eu tento não fazer é procurar uma Princesa com tiara e tudo. Há por aí muitas que se vestem como tal, e até se comportam como tal mas, na prática, valem tanto ou menos que as outras. Há muito mais na vida do que Príncipes ou Princesas.

Pessoalmente, eu prefiro a Capuchinho Vermelho...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Machices...

Desconhecido


Quando uma mulher veste um vestido de cabedal, o coração do homem acelera, a garganta seca, os joelhos tremem e começa a pensar irracionalmente...
Já alguma vez se questionaram porquê ?

Porque cheira a carro novo!!!



Uma "machice" que uma amiga me enviou por mail...

Quando aperta...

Desconhecido

Evito tocar no assunto. Por vêzes, a saudade é tão grande que, ainda ele está comigo e já sinto saudades...
O tempo passa a correr, é precioso. E com eles, passa ainda mais depressa. Por isso, cada momento que estamos juntos torna-se algo especial. Algo único.
Sempre tivemos uma ligação muito forte. Em tudo. Assim que estamos juntos, tudo está bem. Fica uma paz, uma calma dentro do coração que nada nem ninguém mais me dá.

Foi e será sempre a única razão que me fará pensar nas decisões que tomei. Foram certas ? Erradas ? Fui egoísta ? Como é que ele vai ficar ? Como é que o vai afectar ?
Mas depois penso nos momentos de felicidade que passamos juntos desde então. No que quero conquistar para ele e por ele. E fico um pouco melhor...


É uma dôr muito grande. Uma das últimas vêzes que o fui levar de volta, ele quis ficar à entrada do prédio a olhar para mim. Fico sempre à espera de o vêr desaparecer enquanto sobe as escadas do prédio. Desta vêz, ele não quis subir. Não fêz birra como das outras vêzes. Fazia birra, chorava mas passado 5 minutos lá se conformava e acabava por ir bem.
Desta vêz não. Ficou muito calmo, sentado nas escadas, sem arredar pé...


Não consigo descrevêr como fiquei. Senti-me todo partido por dentro. Como é possível que uma meia-leca me faça tanta falta ? Não se costuma dizêr que somos mais desprendidos ? Tretas...



Filhote, sinto tanto a tua falta. O pai tem muitas saudades tuas...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Gajas amigas II ...

Desconhecido


Pois é, aqui o parvo continua a sê-lo. E demonstra-o com toda a pompa e circunstância. Isto porque quis acreditar que era possível ter uma mulher como que a modos, da sua idade, que fosse sua amiga sem que já tivesse havido coisa ou fosse para haver...


Eu até acredito que, de parte a parte, houve uma grande curiosidade um sobre o outro mas nada mais. E naquela noite, ficamo-nos a conhecêr. Falamos bastante mas era apenas isso que pretendíamos: falar.
Ela é uma mulher inteligente e eu não me considero totalmente burro (embora, às vêzes, elas me façam dividar disso) e, talvêz por isso, tenha sido bom.


Claro está, estranhei que dois dias depois dessa tal conversa, já andávamos a trocar mensagens a torto-e-a-direito mas sem estarmos propriamente numa de engate. Era uma amizade gira, apenas isso. Talvez o mais estranho fosse o facto de sermos duas pessoas bastante ocupadas mas tirarmos tempo para mandar mensagens um outro em quantidade suficiente para descarregar a bateria do telemóvel no próprio dia...


Só que a cabeça, mesmo enquanto dormia, começava a funcionar. E pensava "Mas o que é que se está a passar ?"
Pois... Eu respondo-vos: ao 3º encontro vai de lhe espetar um beijo do género "o-mundo-vai-acabar-amanhã". Todo lambuzado como mandam os manuais. E é que eu nem sei bem de onde aquilo saíu. Quer dizêr, de onde saíu eu sei. Foi da boca, pois claro! Mas a cabeça...
Bonito! E agora ? Onde é que vai parar a amizade ? É que eu não precisava de nada disto. Muito menos nesta altura da vida. Mas que raio... Eu queria ficar uns tempos sozinho. Mas eu lá quero confusão na minha vida outra vêz ?
Tudo bem, isso é outra história...


Claro que fomos conversando sobre o que se estava a passar. Como adultos que controlam tudo na sua vida e já sabem gerir cabeça e coração, não havia problema. Ela garantiu-me que tudo estava controlado e não havia hipótese de o perdêr...
Não é que me chateie ela perder o seu controle, mas eu também perdê-lo é que era uma chatice. Eu não queria... Enfim, logo se verá...


Resumindo e concluíndo: grande treta! Qual amizade, qual carapuça. Para a coisa sêr profunda, ou já houve ou vai havêr. Mesmo que essa não fosse a intenção na altura...





P.S.: Já agora, a culpa é dela. Ela é que veio falar comigo uma noite destas...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Solidão e os amigos...

Desconhecido




"Mas porque é que não ficas sossegado uns tempos ? Fazia-te bem..."

"Eu sei. E tenho ficado, não te preocupes..."

"Bolas, deixa lá de saír à noite. Também agora tens a mania que és miúdo..."

"Olha lá, tu também não sais com a tua mulher ? Então ? Vou ficar em casa, não ?"

"Deixa isso e concentra-te mas é no que tens que fazer..."

"Já te disse, não te preocupes com isso..."


Este era o género de conversas que eu tinha com um colega mais novo a que eu chamo de amigo. Embora eu seja mais amigo dele do que ele de mim...
Eu sei que ele se preocupa comigo. Mas também sei que ele não quer que eu ponha em risco uma certa estabilidade que profissional que existe. O que é tramado. Dá-me espaço para questionar o sentido dessa amizade.

Já lhe disse várias vêzes que não era meu pai. E que a amizade dele era muito desequilibrada. Sempre me dispus a ouvi-lo em quase tudo: problemas pessoais, problemas familiares, problemas com um certo colega que é tipo inimigo-figadal... Quando ele precisa, eu estou lá. Mas chateia-me que ele não faça o mesmo por mim.
Não gosta de perder tempo para me ouvir, nem que seja para repetir o mesmo de sempre.

Um dia testei-o: durante três dias seguidos convidei-o para ir tomar café. Ao 3º dia, disse-me o que me tinha dito nos outros dois: "Não posso". Só que, coincidência das coincidências, passado meia-hora encontrei-o com um outro colega nosso.


"Sabes, encontrei o Alexandre e vamos ter agora com..."


"João, deixa. Não tens que dar explicações..."


Ele talvez não saiba mas nesse dia desiludiu-me muito. Tal como me desiludiu quando criticou vêzes sem conta uma mulher com quem, entretanto, tive um relacionamento. Nada que ele soubesse sobre ela de concreto. Contaram-lhe...
Claro que havia uma história por detrás. Mas não interessa. O fundamental é que os nossos amigos, os verdadeiros, estão lá para o que dêr e viêr. Gostam de nós e gostam de quem nos quer e trata bem. É tão simples quanto isso...

Senti-me bastante sozinho nos primeiros tempos. Longe da familía, depois de quase 14 anos a vivêr em função da minha ex-mulher...
Teria sido mais fácil se estivesse na minha cidade natal. Lá, tenho amigos que o são realmente. Que estariam lá e não me fariam sentir sozinho.
Por isso, talvez por isso, tenha acabado por ser natural eu ter saído um pouco mais à noite, arranjando um amigo improvável, ou ter acabado por me deixar agarrar porquem me quis agarrar. Por quem teve força para o fazer e para me fazer acreditar. Só que teve um preço. Está a ter...

Creio que o João nunca irá entender tudo isto. Nem o que se perdeu...


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Envólucros...

Desconhecido


Cheguei a um ponto da minha vida em que o envólucro não é assim tão importante. O corpo é o que é e vale o que vale. A atração física pode existir (e com muita força) mas já aprendi a conseguir vêr bastante para além disso.
O curioso nisso é que me dá uma segurança enquanto pessoa e enquanto homem que me faz lidar com as mulheres de uma forma... segura.

Eu sei que isto pode parecer redundante mas não o é. Na prática dou por mim a estar em qualquer lado sem ficar propriamente com aquele olhar típico de alguns gajos de "és-boa-como-o-milho"...
A maiôr parte dos homens, pelo menos dos mais novos, são inseguros e tentam compensar das formas mais estranhas e, por vêzes, mais estúpidas. E não o fazem para o demonstrar a elas, o que é mais engraçado. Quer dizer, é a elas mas numa base de Galo-no-Poleiro... Temos que sêr mais que os outros e demonstrá-lo sempre que possível...


Passei bastante tempo a ouvir mulheres dizerem que não gostam de homens inseguros. Mas quando apanham um gajo seguro de si... Porque por muito envólucro que uma mulher tenha, o que poucos gajos compreendem é que elas são, por natureza, inseguras. Ainda não conheci nenhuma mulher que não tivesse uma ponta de insegurança embora já tenha conhecido várias que, logo no início, debitam o discurso muito feminista de mulher-moderna-independente-e-totalmente-segura. Muito tipo "Sex and the City"...
Não ponho em causa a independência de muitas mulheres que conheço, mas no que toca à sua (in)segurança...
Podem passar sem nós ? Claro que sim. Conseguem passar sem nós ? Concerteza. Querem passar sem nós ? Bem, isso já é outra história...

Há uns dias encontrei uma amiga e estivemos a conversar sobre ela. Resumindo: ela é uma estampa de primeira água. Bonita, inteligente, alta, elegante, vistosa, simpática, segura de si... Uma mulher "podre-de-boa" como os putos costumam dizêr.
Ela faz o que quer dos homems. Nunca levou um não, nunca teve que lutar por alguém. E não deixa que se apercebam do seu ponto fraco. É a sua força. E enquanto continuar a apanhar pela frente com gajos que acham que mulher, bonita ou não, é uma parvinha que cai ao 1º grunhido de um gajo, vai continuar a gozar com eles...
Num ponto, eu e ela concordamos: o aspecto, aquilo que os olhos vêem, pode ajudar a atrair quem nos interessa. Mas será suficiente ? É que nem todos os gajos são parvinhos. Ou inseguros. E nem todos os envólucros têm conteúdo que valha a pena o esforço...
Claro que, como mulher inteligente que ela é, conversamos e rimo-nos durante um bom bocado com este disparate. Mas não deixa de sêr assim que eu sinto.

Tudo isto para dizêr que o que me atrai numa mulher são os pormenores. Pode passar por um olhar, por uma palavra certa, por um sorriso, por um estar... Não tem som, nem côr, nem forma definida. Apenas algo que consegue ir mais além do que aquilo que a vista alcança. É como um bicho que entra dentro de nós e nos faz comichão... A Soraia Chaves é dona de um sorriso bonito, de um corpo bonito, de um olhar bonito. Mas o olhar e a vôz de uma Margarida Marinho ou de uma Joana Bárcia (em palco são fabulosas)...

É que também há homens que precisam de conteúdos para se perderem...