quarta-feira, 23 de abril de 2008

Lei do Divórcio

Desconhecido


Foi aprovada, dia 16, a nova Lei do Divórcio.




Não demorou muito a que se levantasse um côro de vôzes críticas. Porque fragiliza a instituição do casamento, porque acaba com a culpa na ruptura, porque desresponsabiliza as pessoas, enfim...

Acho curioso que ainda se defenda o casamento como uma obrigação, como algo escrito na pedra. Casarás e assim ficarás para o resto da tua vida. Aconteça o que acontecer.
Mas felizmente houve a coragem de assumir que a Lei de ve servir o Cidadão e não o contrário.

Para mim, um casamento é um estado de alma. Que começa muito antes da cerimónia. Tem que existir aquele sentimento que é base de tudo. Aquele sentimento inconsciente de que é aquela pessoa com quem queremos vivêr tudo o que de bom e de mau a vida nos trouxer. Por quem temos um respeito e uma admiração naturais.
Mas o que é que leva as pessoas a casarem-se ? Quais são as suas verdadeiras razões ? Quantas não pensam que, ao casarem-se, um conjunto de problemas e dúvidas desaparecem porque se casou ? Quantas começam a racionalizar aquilo que não devia ter que sê-lo ?
E a culpa ? Quando existe traição ( e não vou sêr "anjinho-de-asas-brancas, a maiôr parte das rupturas acontece já com uma 3ª pessoa envolvida), isso é uma causa ou uma consequência de algo que já estava em falência ? E deve sêr culpável ? Se eu olhar como uma falta de respeito, talvez. Mas não mais do que isso.

Para mim, o casamento ( não falo dos filhos porque isso é outra questão) é mesmo isso. Querer estar e vivêr ao lado de alguém enquanto assim se sentir. Tem que sêr uma consequência do sentimento. Caso contrário, e esta é a minha opinião, só servirá para tornar as pessoas infelizes, até porque dificulta as rupturas quando já nada mais resta do que uma sensação de obrigação.
Não deveria sêr assim. Até porque quem realmente ama, quer vêr o outro feliz. E se ele ou ela não é feliz ao nosso lado, quer-se dar a oportunidade de poder procurar alguém com quem possa sê-lo. Por isso, tendo em conta a quantidade de divórcios litigiosos que por aí andam, só posso concluír que na maiôr parte dos casos já não havia amôr, de parte a parte. Orgulho ferido, talvez. Comodismo, concerteza.
Afinal, o que é um casamento ?

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